Guida Calixto nasceu em Santos/SP, no dia 08/09/1970, filha de Wenceslau Duque da Silva e de Margarida Santos da Silva. Seu pai, carpinteiro, nasceu em Murici (Alagoas). Sua mãe, costureira, nasceu em Belém (Pará).
Neste período inicial de vida da Guida, seus pais residiram em Santos, eram militantes de base do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e, em dezembro de 1970, tiveram que vir para Campinas com a filha recém nascida fugidos da repressão.
Guida Calixto é a nona filha de uma família de 10 filhos, sendo 08 mulheres e 2 homens.
Em 1982, ainda no final da ditadura militar, sua mãe foi candidata a vereadora pelo PDT, partido que aderiu junto com a ala prestista (Luiz Carlos Prestes), oriunda do PCB, na chapa que era encabeçada pela companheira Kátia Righetto e sua principal bandeira de luta era por politicas publicas na área de saúde, educação e por moradia digna.
Foi nesse ambiente de lutas pela redemocratização, de reorganização dos partidos e movimento sociais que a Guida Calixto cresceu, influenciada por uma conjuntura política marcada pelo acirramento das lutas de classes.
Vivendo na Vila Padre Anchieta, na década de 1980, acompanhando sua mãe, que era “fiscal de quarteirão” , organização popular que discutia melhorias nas condições de vida da população, Guida Calixto foi tomando consciência das diversas problemáticas sociais.
Em 1991, Guida Calixto se formou na primeira turma do Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério (CEFAM). Esse projeto inovador, de formação de professores em período integral, ofereceu uma bolsa mensal de um salário mínimo, o que lhe permitiu dedicação integral aos estudos. A partir de um projeto político pedagógico diferenciado, com professores críticos, com intensas reflexões sobre os problemas locais e nacionais, com uma educação crítica às perspectivas educacionais tradicionais, Guida deu seus primeiros passos na militância política, participando dos debates estudantis e educacionais.
Nesse mesmo ano, nasceu sua única Filha, Larissa Tayná da Silva Calixto, Nesse período era moradora no Parque da Floresta, bairro popular formado por moradores que vieram de áreas de ocupações como Vila Moscou e Jardim Fernanda. Naquele momento, acompanhou a luta de sua mãe, que foi a primeira presidenta da Associação de Moradores do Parque da Floresta, na região do Campo Grande, conquistando melhorias para o bairro, incluindo a luta pela creche do bairro e do centro de saúde, que hoje recebe o seu nome.
Em 1996, Guida Calixto é aprovada em concurso publico da prefeitura de Campinas, exercendo o cargo de Monitora Infanto Juvenil I, a partir de 1997. Logo em seguida, em 1998, participou de sua primeira greve de servidores ,que resultou na redução de jornada de 40h para 36 horas semanais. Guida destaca que naquele momento havia um forte organização do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais, enraizado na base, que promovia formação política, debate com a categoria, organização por local de trabalho, garantindo espaços de luta e formação de novas lideranças sindicais.
Em 2002, filia-se ao Partido dos Trabalhadores por acreditar que a luta econômica e sindical precisava ancorar-se na luta política e social, que as melhorais das condições de vida dos trabalhadores estava necessariamente interligada com a necessária transformação social. Desde então, seu principal movimento de luta foi o movimento sindical dos servidores municipais, participando de todas as eleições sindicais da categoria nas chapas de oposição.
Na luta sindical, durante o governo Toninho/Izalene, entre 2001 e 2004, participa ativamente na conquista da redução da jornada de trabalho para 32 horas semanais das monitoras de educação infantil, sendo uma das articuladoras na mesa de negociação, assim como das conquistas do Plano de Cargos e Carreiras (Lei 12.012/2004), que garantiu aumentos salariais e melhorias nas condições de trabalho para a categoria, além da criação do CAMPREV.
A partir de 2005, esteve na oposição aos governos municipais que desmontaram conquistas obtidas no governo petista. Além disso, ocupou postos na direção do PT Campinas, na direção da Confederação dos Trabalhadores Municipais e atuou como educadora popular.
Nas eleições de 2008, candidata-se à Câmara Municipal pela primeira vez, obtendo 444 votos
Em 2010, forma-se advogada pela Faculdade Anhanguera e a partir daí sua nova atuação, acumulada com o serviço público, foi no direito trabalhista e na defesa dos trabalhadores, participando, em 2016, da criação do movimento dos Advogados Independentes de Campinas, que surge questionando a atuação da OAB Campinas, que defendeu o Golpe de 2016 contra a Presidenta Dilma Roussef.
Em decorrência do acúmulo de lutas, em 2016, concorreu da eleição do Conselho Municipal se Previdência Social de Campinas – Camprev, sendo eleita a conselheira mais votada, com 1761 votos. Nessa eleição participou da fundação do movimento Camprev é Nosso, em defesa do Camprev que estava sofrendo várias ataques do governo municipal A partir daí, sempre atuou em defesa do fortalecimento do Instituto e contra a retirada dos direitos dos servidores, como já fazia desde que participou da primeira greve da categoria.
Em 2020, resultado de um processo coletivo, foi lançada novamente como candidata à Câmara Municipal, obtendo 3645 votos, sendo a mais votada Partido dos Trabalhadores.